Nova superlotação nas emergências faz Estado pensar em plano de ação

quarta-feira, 16 de março de 2011

As principais emergências de Porto Alegre amanheceram mais uma vez superlotadas. Desde domingo ao meio dia estão sendo atendidos 160 pacientes em 50 leitos. O mesmo acontece com os hospitais de pronto socorro, hospital São Lucas, da PUC e Hospital de Clínicas que, segundo a coordenação de enfermagem, desde o carnaval não diminuem o número de pacientes. São 134 pessoas para apenas 49 leitos. Já no Hospital São Lucas são 32 enfermos para 13 lugares disponíveis. Conforme o Secretário Estadual da Saúde, Ciro Simoni, desde que assumiu a pasta a superlotação é uma realidade dura que tem encontrado nos principais hospitais da capital.

Em contra partida o secretário afirma a necessidade da integração entre os hospitais do Município, Estado e União. A expectativa é que com a criação das Unidades de atendimento que estão sendo implantadas em pontos estratégicos da capital, a superlotação diminua.

2 comentários:

Marla Gass disse...

Bah, Gustavo, essa questão dos hospitais é bem mais complexa do que simplesmente oferecer mais leitos. A pergunta é: por que essas pessoas estão lá? A maioria delas, porque não tem atendimento primário - nos postos de saúde e equipes de saúde da família - adequado. Outro tanto, porque na sua região não tem um hospital com capacidade de atendimento das instituições da Capital.
E asseguro que essas duas categorias contemplam a maioria absoluta dos casos. Ou seja, é nesse gargalo que o poder público precisa agir.
Eu já procurei emergência particular com minha filha porque estávamos às vesperas do Carnaval, filha com febre alta e a pediatra de férias. A ida ao hospital era a garantia de atendimento adequado. No dia anterior ao que fui ao hospital, a espera por atendimento, na ala de convênios e particulares, chegou a 19 horas! Por quê? Porque nos faltava atendimento básico, ambulatorial adequado.
Realmente, é necessária a integração entre as três esferas de poder: a União tem o recurso, os Estados têm a prerrogativa da regionalização e da média e alta complexidade e os municípios, a gestão da saúde básica.
Vão conversar, galera!

Gustavo R. Nunes disse...

Marla, eu tinha escrito um baita complemento ao que você comentou. Poderia ter dado uma nova postagem. E se eu tentasse reescrever com certeza não seria o mesmo.

 
Compasso Político