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A hipótese de agendamento, ou agenda-setting, foi proposta pelos teóricos de comunicação Maxwell E. McCombs e Donald L. Shaw em seu artigo "The Agenda-Setting Function of Mass Media", de 1972. Barros Filho resumidamente a define como "... um tipo de efeito social da mídia. É a hipótese segundo a qual a mídia, pela seleção, disposição e incidência de suas notícias, vem determinar os temas sobre os quais o público falará e discutirá".

Os estudos de McCombs e Shaw se baseiam nos desdobramentos do clássico "Public Opinion", publicado por Walter Lippman em 1922. Os pesquisadores citam, inicialmente, estudo de Lang e Lang segundo o qual "a imprensa foca sua atenção em determinados assuntos. Os mass media constroem a imagem pública de personalidades políticas. Eles apresentam determinados elementos que sugerem sobre o que devemos pensar, os assuntos a respeito dos quais devemos saber e a quais deles devemos dar mais importância". Shaw e McCombs citam ainda texto de Cohen, de 1963, indicando que "embora a imprensa não consiga, na maioria das vezes, determinar o que as pessoas devem pensar, ela é espantosamente eficaz ao determinar as questões sobre as quais as pessoas devem pensar".

O termo metafórico "agenda" tem quatro de seus componentes listados por McCombs e Shaw:

- Agenda Midiática: questões discutidas na mídia, como jornais, televisão ou rádio
- Agenda Pública: questões discutidas pessoalmente pelo público em geral
- Agenda Política: questões que políticos julgam importantes
- Agenda Corporativa: questões que grandes corporações consideram importantes

Essas quatro agendas estão sempre inter-relacionadas. Os dois pressupostos básicos a que todos os estudos levaram foram:

1. A imprensa e a mídia não refletem a realidade, mas sim filtram e formatam a realidade

2. O foco da mídia em determinadas questões e assuntos induz o público a considerar essas questões mais importantes e relevantes do que quaisquer outras.

As agendas corporativa e política tem real e efetivo poder sobre a agenda midiática, que por sua vez tem influência direta sobre a agenda pública. Noutras palavras: os interesses políticos e as megacorporações manipulam o público através da imprensa, salientando determinadas questões e acobertando outras, de acordo com seus interesses. O público então discute e dá importância apenas a determinados assuntos, sempre introjetados.
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