Sistema democrático brasileiro e a proposta de democracia partidária

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Bueno... Em primeiro lugar, vamos quebrar aqui um paradigma. Peço, por gentileza, se tiveres tempo é claro, que comecemos por esta leitura. Feito o carreto?! Ok... A pergunta é: Vivemos ou poderemos viver - em breve - uma ditadura democrática por falta de partidos no Brasil?

Eu sei que parece ser meio maluca essa pergunta. Já ouvimos falar em autoritarismo, tortura, ditadura e ditadores. No entanto, a proposta da República Federativa do Brasil é uma composição por determinado número de regiões com governos próprios chamados de Estados. Esses, unidos sob um governo federal. Ou seja, numa federação, ao contrário do que acontece num estado unitário, o direito de autogoverno de cada região autônoma está consignado constitucionalmente e não pode ser revogado por uma decisão unilateral do governo central.

Assim, o uso do termo da palavra República talvez seja inconsistente mas, no mínimo, indica um Estado em que o chefe de estado não é um monarca. Exemplos: República Federal da Alemanha, República Federal da Nigéria e a República Democrática Federal da Etiópia. Uma variante próxima ao termo República Federativa que aparece na designação oficial do Brasil. Nem todas as federações são repúblicas. Como o Canadá, a Austrália e a Malásia que são reinos federais sob a forma de monarquias constitucionais.


Ao contrário dos Estados Unidos, no Brasil temos vários partidos políticos com candidatos a vereador, deputado estadual, deputado federal, prefeito, governador, senador e presidente. Isso tudo frente a proposta democrática. Assim, o povo obrigatoriamente (diferente dos EUA) vai às urnas eleitorais votar no candidato que melhor lhe agrada. Pelo menos era para ser assim.

Atualmente, o Brasil está passando por uma crise democrática partidária. Por que irá completar 12 anos sob o comando do Partido dos Trabalhadores (PT), quiçá 16 anos. Haja vista, que neste momento não há uma oposição real frente ao atual governo. Sem falar na desestruturação dos partidos de direita. Porém, se as pessoas são obrigadas a votar e quiserem escolher o PT como o partido governista novamente, qual é o problema? Uma ditadura democrática? Isso, realmente, é papo de inconformado com alguma coisa. No Brasil não existe ditadura. Pelo menos não é visível como na época do golpe militar em 1964 até a retomada da democracia plena em 1985.

O Brasil foi um país atolado em dívidas em função dos governos de direita. Agora que as classes menos favorecidas estão se equilibrando com a minoria abonada, estão querendo inventar termos para obter o poder novamente. Sim... O poder... Por que na política meus amigos, os candidatos por mais conscientes da função deles buscam sobretudo uma posição de destaque.

Repensar a estrutura e sistema do ensino, saúde, entre outros direitos do cidadão é necessário, mas para isso é preciso também mudar o que conhecemos sobre a democracia capitalista e os líderes que escolhemos por obrigação.

0 comentários:

 
Compasso Político