Áreas de Risco - Parte 1 - Tragédias ocorridas em outros estados mobilizam poder público municipal para transferir famílias

sexta-feira, 15 de abril de 2011

As chuvas e mortes no Rio de Janeiro e Santa Catarina no ano passado alertaram outros Estados, como o Rio Grande do Sul, sobre os riscos de se viver em zonas impróprias para moradias. São as chamadas áreas de risco, onde enchentes, desmoronamentos e até mesmo incêndios podem atingir os moradores. Pensando em evitar tragédias, a prefeitura, junto com vereadores, montou o mapa das áreas de risco. Hoje, são 40 pontos habitados de forma irregular na Capital. Desde o começo do ano, representantes de órgãos municipais e da Câmara visitam essas áreas. A intenção é conscientizar seus moradores sobre os perigos, avaliar as condições do terreno e os danos causados pelas construções. Conforme o diretor-geral do Departamento Municipal de Habitação, Humberto Goulart, essas famílias serão transferidas em até um ano.

Um dos pontos visitados recentemente foi o Beco dos Tabajaras, no bairro Glória, na zona sul de Porto Alegre. A presidente da Câmara de Vereadores, Sofia Cavedon, afirmou que algumas daquelas moradias têm problemas idênticos aos encontrados nas tragédias ocorridas em outros estados. Sem se dar conta do perigo para a comunidade, a líder comunitária e presidente da Associação Tabajaras, Írma Fontana Dietel, reivindica apenas fornecimento de água.

Conforme a prefeitura da Capital, o próximo passo é o cadastramento dos moradores que se encontram em situação de risco. Antes disso, será feita uma análise do terreno pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A prefeitura estuda incluir os 40 locais no programa federal Minha Casa, Minha Vida. Além do Beco dos Tabajaras, outros dois pontos representam bem os riscos de viver em áreas não planejadas. São a Rua Mestre Macedinho, no bairro Nonoai, e a Vila do Chocolatão, no centro. Nas próximas duas reportagens da série, você saberá os perigos a que esses moradores estão expostos.

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