Uma vez eu disse...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

E agora vou corrigir. Há algum tempo, eu falei para um amigo, que a mídia estaria a criar seu próprio algoz. De fato, a maioria dos meios de comunicação fazem questão de assinar sua sentença de morte. Entretanto, podemos contar nos dedos os que fazem jus, não quanto a formação acadêmica, haja vista que tudo depende do esforço do discente, em almejar conhecimento. Mas, do profissional que se atem aos fatos à risca.

Por exemplo, Joãozinho estava correndo, ele tropeçou e caiu no chão. Quem estava correndo? Joãozinho. Quem mais estava com ele? Não sei. Irei perguntar ao Joãozinho, pois ele é quem provavelmente tropeçou e caiu. Quando ele tropeçou? Não sei. Mas se está conjugado no passado é por que já aconteceu. Então, irei perguntar ao Joãozinho. Qual o motivo dele ter tropeçado? Não sei também, mas quando eu falar com ele, eu perguntarei. E poderíamos incluir outras inúmeras perguntas para fazer ao Joãozinho e produzir uma reportagem fiel ao que realmente aconteceu.

Outro exemplo, o que ele usava nos pés? Chinelos? Tênis? Nada? Isso nos remete a outros assuntos. Como fábricas e indústrias calçadistas, que por um lado criam postos de trabalho, mas ao mesmo tempo, como tudo que fazemos, poluem o meio ambiente. Se Joãozinho não usava calçados, qual o motivo? E assim passamos a reportar os fatos.

Bom. Entendido os exemplos, podemos agora falar do algoz e de cavar a própria cova. Perguntemos então, se querem saber mesmo, qual é a reação dos assinantes de uma revista, ao ficarem sabendo que ela foi desmentida, nos principais meios de comunicação de um Estado? Observação, também, pela própria pessoa que concedeu a entrevista.

DESCRENÇA.

É essa a reação dos assinantes diante uma notícia falsa.

E é nesse rebola daqui, rebola de lá, no vem e no vai... Que o samba vai tocando em ritmo de sigilo e muita gente dança, no amplo sentido da palavra.

2 comentários:

Anonymous disse...

A representação do cunho social da comunicação está no profissional ou no veículo? Na ética ou no perfil editorial, pautado pela mesma?
Uma docente a qual caracterizávamos como “paica” afirmava repetidas vezes, aos seus alunos, estudantes do quinto, sexto e sétimo semestre de jornalismo: “Nós estamos aqui para enganar, enganar o público e não pensem o contrário!”.
Afinal, para quem são escritas, diagramadas, impressas e distribuídas páginas e mais páginas de informação, seja ela verosímel ou...O conceito de encontrar boas histórias e fornecer informações corretas e confiáveis à sociedade, nem sempre está para os profissionais e menos para os veículos...Descrença? Talvez, mas, acredite os números, as vendas não devem cair...é o costume...Outras turmas devem ouvir os mesmos “ensinamentos”, proferidos com absoluta propriedade, esta mestra faz parte de uma redação zerada que atrai a maior parte dos leitores deste Estado...Mas, o pior é que ninguém, nenhum daqueles que estavam ali, 30 ou 40, ousou desmentir a interlocutora...Eles também irão ler e talvez escreverão para eles mesmos ...
No fim, todos dançam de acordo com a música...E para desfazer a imagem feita...

Bjs amarelos

Anonymous disse...

Oh perdão, é verossímel...

 
Compasso Político